Depois de ouvir do próprio Secretário de Defesa Social que o SINPOL/PE já decidiu a sorte das Campanhas
Salariais até o ano de 2014, em ato ad deferendum da Categoria, seu presidente e diretores
negam terem sido os coveiros que
sepultaram o destino dos referidos dissídios, apresentando como contraprova
a cópia do Oficio nº 113/11, datado
de 31 de maio de 2011, que dirigiram
à Secretaria de Administração do Estado,
colocando no nono ponto dele, melhor dizendo no penúltimo ponto, da primeira
alínea, de seu item um, genérica alusão ao segundo maior salário de polícia do
país!
Sem embargo da autenticidade
desse expediente, o MIPC-PE
argumenta que o nono subitem de uma letra de um parágrafo é coisa
desimportante, e como tal foi tratado pelo Governo
do Estado. Persistindo na argumentação, arguir-se-ia perda do reportado
objeto, conquanto o silêncio do sindicato quando da aceitação da malsinada
contraproposta dos índices de 8%, 8% e 14% de aumento, até o ano de
2014.
Como dissemos: mais uma assembleia
improdutiva, que, dada a rotina, perdeu o status de extraordinária, há muito
tempo, até porque ela somente se renova nas datas do calendário, padecendo,
pois, do esperado advento.
Nesse estado de coisas, o SINPOL/PE se maldiz e transforma seus
pronunciamentos em fastidiosas e inúteis convocações da Categoria, que deixando
de enxergar essencialidade na existência de um órgão de representação
classista, esvazia mais e mais tais reuniões.
Na constância desse desserviço,
eis que concertou a próxima paralisação de 24h; agora ocorrerá nos plantões das
Delegacias de Boa Viagem e Santo Amaro, dá terça para a quarta-feira, dias 24 e
25 próximos, com coletiva para imprensa no dia 26, seguida de assembleia na
sede do sindicato, no horário das 17h.
Nessa marcha, persistem Marinho e
seus seguidores professando as orientações da Cartilha “Cumpra-se a Lei”, da
COBRAPOL, e na devolução, por iniciativa, conta e risco dos policiais, das
cotas do PJES.
Nesse diapasão, constata-se que o
Policial Civil se tornara cobaia das experimentações de um representante
classista que usa e abusa da boa-fé e da boa vontade da Categoria. Não podemos
tomar parte nesse jogo, onde o SINPOL/PE
finge empenhar-se em uma intrincada, acirrada e difícil negociação com o
Estado, quando sabemos que ele mesmo anuiu o pacote de reajustes que nos
engessou até 2014, sendo, pois, insensatez ou pura ingenuidade esperar que
nosso sindicato venha capitanear algum novo interesse.
Entendemos que a causa da
Recomposição Salarial é de matiz reivindicatório, não podendo esse tema ficar
subjulgado à simples edição de folhetins, tampouco à mera distribuição de
panfletos e impressos incitativos, paralisações adrede preparadas ou adoção de
posturas quanto a esse ou aquele assunto.
Companheiros a coisa é séria, por
isso nosso MIPC-PE pede que
atentemos para a percepção de que nosso órgão representativo tenta se esquivar
das consequências das décadas de retrocesso salarial que ele mesmo deu causa.
É notório como o SINPOL/PE expõe a classe à sanha de seu
patrão. Ele fomenta que a guisa de uma cartilha imobilizemos as ações de
polícia em todo Estado, e que partamos para front, causando mal-estar,
instabilidade social e sensação de insegurança em seu território, porém, para
que? Para tentar rediscutir o que não pode ser mais discutido? Para darem nova
conotação a um fato consumado? Pois bem, Cláudio Marinho encarna a feição
do líder anti sindical e da liderança obsoleta, logo, desperdiçar energias com
ele é despropositada perda de tempo.
Nesse estado de coisas, reflitamos.
Fonte: MIPC-PE