É muito injusto e desmotivante saber que um percentual significativo de policiais que compõe a Polícia Civil de Pernambuco já completou seu tempo de serviço, mas, por viverem em um clima de incerteza e angústia, estão prorrogando suas respectivas aposentadorias na esperança de que em um momento próximo as coisas melhorem para que, assim, finalmente possam ter o descanso tão merecido. É extremamente frustrante saber que policiais que contribuíram com a instituição por mais de 30 anos ainda tenham de se submeter aos desgastes emocionais e aos perigos típicos de nossa tão arriscada, embora honrada, profissão.
Diante de situações como essas, e inúmeras outras, surge uma série de questionamentos que não se sabe até quando ainda ficarão sem respostas. Eis alguns:
- Até quando esta situação vai perdurar?
- Quando nosso Sindicato vai se sensibilizar e começar a cumprir efetivamente suas responsabilidades?
- Quando o Sindicato vai deixar de forma clara e transparente aos seus associados a realidade de negociações feitas com o governo?
- Quando o Sindicato vai se comportar como uma entidade organizada e articulada, deixando de lado o amadorismo e as afirmativas vazias que ninguém mais dá crédito?
- Por que
- Por que se estabelece um período de seis meses para se aprovar uma planilha de vencimentos para o PCCV, e nada acontece?
- Por que uma lei tão importante para nossas vidas foi aprovada há mais de seis meses (Lei 137/08 – PCCV), e nenhuma regulamentação ainda foi feita?
- Por que ninguém vê o SINPOL organizado e empenhado em resolver essas pendências com a categoria?
Quando digo: “com a categoria”, falo no sentido de os policiais participarem efetivamente do andamento das decisões, opinando e sendo devidamente esclarecidos em assembléias ocorridas em todo o decorrer do processo, e não no final, como costumeiramente acontece tornando os policiais meros espectadores de decisões que repercutirão em suas vidas.
Um dos grandes trunfos, senão o principal, para consolidação de uma liderança, em qualquer que seja a área, é a conquista da confiança dos liderados, que têm que enxergar em seus representantes a possibilidade de verem suas necessidades e objetivos alcançados. O SINPOL não tem legitimidade para cobrar engajamento de seus associados em suas supostas “atividades sindicais”, pois promove e vem promovendo, com sua inércia e desarticulação, um total descrédito de si próprio, acarretando desesperança e indignação por parte dos policiais.
Caros colegas de profissão, acredito que o primeiro passo para que esse quadro lamentável comece a mudar é realmente procurarmos cobrar a efetividade e responsabilidade necessárias dos que nos representam, de forma que venham a perceber que ninguém está mais disposto a tolerar os desencontros e omissões que ocorrem com enorme freqüência. Não é admissível que decisões tão importantes, sejam tomadas sem a participação de todos. Queremos transparência e atitudes que sejam condizentes com uma entidade que representa a vida de tantas pessoas!!!
Abraço a todos!!!
Por Sérgio Siqueira
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