MISSÃO IMPOSSÍVEL OU APOSTAR NA SORTE? RESULTADO DA ASSEMBLÉIA
Participamos unicamente como observadores da
Assembléia Extraordinária do dia 16 e não como protagonistas, todavia, fomos
citados por diversas vezes, na pessoa do companheiro Diego, a falar à
Categoria. Mantivemo-nos, porém, cautelosos não produzindo qualquer fala diante
do fracasso antevisto, permanecendo coerentes até o final, porque nosso MIPC-PE
não foi convocado e nem participou de nenhuma das caravanas ou comissões que o
SINPOL compôs para elaboração da minuta dessa Campanha Salarial.
Em contrapartida, vimos representantes das
diversas Associações que dão sustentação a Marinho repetirem discursos
hipócritas, uma vez que ele é moralmente inidôneo para reivindicar, tanto é
assim que trouxe o Presidente da CUT para dar tom sindical ao discurso. Não
cremos que o SINPOL vá peitar o Governo do Estado, encabeçando operações de
estrita legalidade ou propondo que ele rompa com o cronograma de desembolso de
execução financeira, que já nos amarrou até 2014.
Em nossa percepção, vimos que o sindicato
colocou o fardo do eventual fracasso da Campanha Salarial em nossas costas,
tributando, inclusive, à responsabilidade da Categoria e não dele o fato de
estarmos desunidos e fracos. Feitas essas considerações, cujas justificativas
veem-se a seguir, assumimos o compromisso de dirigir propostas ao SINPOL, se
ali Relatores, e de publicá-las em nosso site e blog quando da versão
definitiva.
Com efeito, dizemos, embora tristes, que
aqueles que deixaram de ir à Assembléia pouparam tempo precioso. Por mais uma
vez, depois de muita conversa fiada, o seguinte slogan: "Rumo ao segundo
melhor salário de polícia do Brasil", e mais nada. Nenhum antiprojeto
apresentado e nenhuma proposta concreta; somente Marinho pousando de bom-moço,
querendo promover o próprio nome. O plano de reajustamento salarial está
mantido até 2014 e pronto, ou seja, 8% + 8% + 14% e só.
Ficou claramente definido que a Diretoria do
SINPOL não pôde fazer vista grossa como pretendia à Campanha Salarial defendida
pela Confederação Nacional dos Sindicatos de Polícia Civil, uma vez que esse
pleito é comum às 27 Unidades Federadas do País e visa à melhoria nacional para
todos os Policiais Civis dos Estados, por isso toda essa encenação.
Como não poderia ser diferente, a Categoria
ratificou o pretensioso slogan, mas sem saber como chegar nele e crendo que ele
vai ser pago realmente neste ano, saiu sonhando com R$ 4.150,00 como se fora
Policial Civil de Sergipe, tudo por obra e graça de Cláudio Marinho, que, aliás,
acrescentou que a forma como tal vencimento seria alcançado era problema do
governo e não dele.
Em meio a esse delírio coletivo, ainda
conjecturou um colega, muito embora desavisado, que o referido valor poderia
ser obtido equiparando-se a nossa gratificação de função policial à dos
delegados, além de concessões isonômicas dos percentuais dos aumentos que eles
tiveram e que terão, partindo-se da seguinte formulação: 10% + 10% + 225% + 8%!
A coisa ficou ainda pior, pois nosso
verborrágico Presidente afirmou que não precisaríamos lançar-mão do PCCV,
propondo que ele fosse utilizado como vetor de reposição das perdas salariais,
em razão de correções aplicadas às progressões das letras, nas escalas
horizontal e vertical, quando das mudanças de classe, esclarecendo que ele pode
ser revisado anualmente, cabendo, entretanto, esse equacionamento ao Governo do
Estado, a quem compete o dever de pagar, aliado à lei de responsabilidade
fiscal.
No mesmo passo, mais sem despir-se da velha
bala-clava, disse ainda das mazelas que são os PJES, conclamando a seus
recebedores que dele abdiquem. No mesmo tom falou que negociará com o governo
acerca da redução de nossa jornada de 40h, que reivindicará melhor estrutura,
condições de trabalho e segurança e que está estarrecido com setores da
imprensa pela exibição ilegal de fotos de policiais presos e autuados, por isso
cobrará a construção de xadrez especial nas dependências do Core e na antiga
Olinda Motor.
Para cúmulo de absurdo, depois de convocar a
Categoria para ser o guardião do segundo maior salário de polícia do Brasil,
disse, com petulância, que irá responsabilizar a todos pelo provável insucesso
da missão.
Diante de toda essa chicana e de toda essa
palhaçada só nos resta esperar.
Fonte: MIPC-PE
Fonte: MIPC-PE